Pátria amada, Brasil! |
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Escrito por Gabriel Guidotti |
Quarta, 25 de Fevereiro de 2015 - 16:20 |
Em uma conjectura internacional que demandava o fim do antiquado sistema metrópole-colônia, e afrontado por uma coroa portuguesa que planejava, cada vez mais, impor implacáveis restrições, Dom Pedro I, na condição de regente, finalmente declarou a Independência. Era um homem de muitas facetas, mas não um herói nacional propriamente dito. Gabava-se de duas particularidades: mulherengo insaciável e um mandatário simpático aos direitos civis, embora autoritário quando contrariado. Em 7 de setembro de 1822, gritou “Independência ou morte” à beira do riacho Ipiranga, atualizando o status do Brasil. Desde então, o povo brasileiro deitou em berço esplêndido. Diferentes formas de governo compuseram a história do país. Do imperialismo à democracia, muitas ideologias se chocaram – de forma truculenta, inúmeras vezes. Posturas beligerantes de governos regionais também atentaram contra a unidade nacional, criticada em razão dos privilégios concedidos a certos estados – e a certas classes. Apesar de sangue derramado, e de muitos retrocessos pelo caminho, a pátria prosperou. E existe um significado fundamental nisso. O exercício da democracia não se pratica, unicamente, com o clique obrigatório na urna, mas também pelo reconhecimento de que o país é rico em riquezas naturais, culturalmente colorido e, inequivocamente, alimentado pelo potencial daquilo que poderia se tornar. Tais constatações se manifestariam por meio de uma sociedade crítica e atuante, que enveredaria para os caminhos da ética e da afirmação. Reconhecer os problemas do presente para lançar os alicerces do futuro, eis o valor da Independência. Há um consenso de que o Brasil vai mal. Na hora de argumentar o porquê, entretanto, poucos sabem elencar os motivos. Isso tem nome: pessimismo e ignorância. Enquanto o brasileiro não perder este “Complexo de vira-lata” e começar a se enaltecer ao patamar que merece, não há político que abdicará de seu projeto de poder em favor de um projeto de governo. Comecemos pelo arco eleitoral: não é de hoje que o sistema partidarista, sem exceções, se vendeu à praticidade das coligações, a fim de acumular o maior número de votos. Destarte, situação e oposição estão separadas por linhas tênues e é justamente a conivência do eleitorado que permite estas práticas. Resumo da ópera: o Brasil vai muito além de uma forma de governo; depende de sua nação. Neste fim de semana, é a hora de fazer uma reflexão moral e humanística. Estude candidatos, não partidos. Vote nulo se esta for sua convicção! Mas escolha conscientemente, pelo menos até o ponto de conseguir justificar suas opções. Chega de promessas eleitoreiras e desinteresse eleitoral. Em 2014, a data que marca o nascimento da pátria precipita uma mudança de postura. Dom Pedro I que nos perdoe, mas chega do ciclo vicioso: dessa vez é “pelo povo”. Visite também o blog do aluno: http://gabrielguidotti.wordpress.com/ |
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