Por volta da meia noite do dia 9 de julho, o CPM 22 subia ao palco do New College Festival e iniciava o show com a música "O mundo dá voltas" para, sem dúdidas, levantar a galera no Pepsi on Stage. Em seguida veio "Tardes de outubro" e uma das novas músicas da banda: "Hospital do Sofredor". O show de retorno do CPM 22, depois de dois anos sem vir a Porto Alegre, não deixou de lado as canções de sucesso nacional como: "Dias Atrás" em seguida, "Inevitável" do CD ao vivo, "Estranho no espelho" do álbum "Cidade Cinza" e "Irreversível" do terceiro álbum, "Chegou a hora de recomeçar".
"Desde 2009 a gente não toca aqui. É sempre um prazer. Voltamos para tocar nosso novo CD "Depois de um longo inverno" disse Badauí durante o show. Chegou a hora do CPM22 mostrar a mistura hardcore ska! Para tocar "abominável", banda convida reforços para subir ao palco: França, Felipe e Jair nos metais e Léo no teclado que permaneceu praticamente todo o show.
Tocaram "Abominável" que tem uma levada de rock mais suave com solos de metais, "Vida ou morte",single que se tornou o primeiro clipe do CD recém lançado. Esta música tem uma pegada bem ska, tanto no ritmo da guitarra quanto nas batidas da bateria, e "Cavaleiro metal" que preservou um pouco a identidade hardcore. Em alguns trechos, o ritmo oscila harmoniosamente com a inserção do som dos metais, hardcore e ska.
E como não poderia faltar uma cena clássica de um show de hardcore, os fãs mais antigos da banda reviveram um momento nostalgico. Um guri invadiu a cena durante a música "Cavaleiro metal", deu um 'mosh' do palco, por cima da minha cabeça, em direção à platéia e caiu nas graças da galera!
Nem todos os presentes sabiam cantar as novas do CPM 22, mas eles conseguiram animar a galera do New College Rock com as músicas "Vida ou morte" e "Cavaleiro metal". E o vocalista da banda não deixou por menos: "O rock não está morto como dizem por aí!" disse Badauí.
Intencionalmente, o CPM 22 voltou a entoar outras músicas conhecidas do grande público como: "Um minuto para o fim do mundo" do CD "Felicidade instantânea", "Escolhas, provas e promessas" do álbum "Cidade Cinza", que rendeu à banda o Grammy Latino 2008, como melhor álbum de Rock Brasileiro.
Em seguida, tocaram: "Promessas e certezas", que parecia anunciar o retorno do CPM 22 à mídia e aos palcos brasileiros. Claro que a banda não poderia deixar de tocar: "Regina, let's go", a música que abriu os caminhos do CPM 22 para o sucesso e tornou a cena hardcore mais vísivel ao grande público.
Chegando na reta final do show, a banda tocou "Sofridos e Excluidos", música com uma vertente do hardcore punk. Na letra da canção, críticas sociais ponderadas pela levada hardcore ska. Sem deixar o público desanimar, é a vez da música "Hospital do sofredor".
O momento mais emocionante, sem dúvida, foi ver a galera cantando o refrão da música "Não sei viver sem ter você" em coro. Um dos maiores sucessos da banda, escrita por Rodrigo Koala, ex-companheiro de banda do baixista, Fernando Sanches e do baterista, Ricardo Japinha, na Hateen.
Quando a apresentação se aproximava do fim, a banda começou a tocar a música: "Ontem" e depois, uma das primeiras músicas da carreira: "Night blue light", originalmente gravada no CD "Alguns quilômetros de lugar nenhum", o primeiro do CPM 22.
Par encerrar, no ápice da euforia vinda do público, o show do CPM 22 contou com uma participação especial: " Eu estava do lado do palco assistindo o show. Quando perceberam, me chamaram e eu fui." disse o vocalista do NX Zero, Di Ferrero que cantou a música "Desconfio", do CPM 22, junto com Badauí. De acordo com Di Ferrero, nada foi combinado.
Sem dúvida, o novo show do CPM 22 tem uma proposta de som bem diferente dos últimos tempos. Mesmo de volta à cena independente, não deixou de mostrar presença de palco, carisma e competência, dignos de mainstream. |