Xiitas e sunitas, católicos e mulçumanos, jornalistas e historiadores se reuniram para falar sobre cultura, religião e terrorismo, na Feira do Livro, na Sala dos Jacarandás, localizada no memorial do RS, no domingo do dia 31.
A mesa-redonda "Cultura, guerra e terror"contou com a presença do embaixador Sergio Tutikian, do doutor em História e professor Jurandir Malerba, além do repórter Luiz Antônio Araújo, autor do livro Binladenistão – Um Repórter Brasileiro na Região Mais Perigosa do Mundo. Os temas discutidos pela bancada e o público envolveram religião, períodos históricos, geografia, corrupção, e é claro, o terrorismo e a guerra. Como é impossível agradar a gregos e troianos, a mensagem que fica do encontro, segundo o embaixador Sérgio Tutikian, é de que as coisas estão mais tranquilas no oriente médio. "Estamos em uma situação de paz, apesar de todos os conflitos," afirma.
O jornalismo faz a história
Existe uma operação conjunta entre essas duas profissões, jornalistas e historiadores. Jornalistas escrevem livros sobre história e historiadores buscam espaços em veículos jornalísticos. Mas é essa mistura que torna as coisas interessantes, segundo o professor Jurnandir Malerba, ao relembrar um dos maiores livros de história, narrado por um jornalista, 'Os Sertões', de Euclides da Cunha.
De acordo com Jurandir, "a opinião do autor ainda é muito presente no relato". Mas, deixando um pouco de lado a imparcialidade, ressalta o doutor em História, "é isso que torna a obra fascinante". |